Entre 10 e 21 de novembro deste ano, temos a 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, a COP 30, que pela primeira vez, ocorrerá na Amazônia, na cidade de Belém do Pará – saiba mais.
Para acompanhar estimular o debate, reunimos aqui os principais fatos e resoluções dia a dia do evento para nos manter bem informados sobre os avanços e expectativas sobre temas relevantes para Clima, Comunidade e Biodiversidade.
Carbon Pulse – Leia a Matéria
A matéria analisa como a coalizão liderada pelo Brasil, lançada na COP30, pode influenciar regras e arranjos institucionais dos mercados de carbono em expansão. Especialistas apontam que a articulação entre países em desenvolvimento pode fortalecer a demanda por créditos de alta integridade, especialmente florestais, com impactos relevantes para clima, biodiversidade e comunidades.
Carbon Pulse – Leia a Matéria
COP30 terminou em Belém com saldo misto: não se reforçou o esforço global de transição energética além da reafirmação do pacto de 2023, mas países aceitaram acelerar metas de descarbonização e manter o objetivo de ampliar financiamento para clima e adaptação, ponto central para comunidades vulneráveis e para iniciativas de conservação e mercado de carbono.
O Globo – Leia a Matéria
O Brasil lidera uma coalizão de mercados regulados de carbono, já apoiada por grandes emissores, para conectar sistemas de cap-and-trade e dar escala à precificação. A agenda pode canalizar recursos para soluções baseadas na natureza e para a agropecuária de baixo carbono, fortalecendo clima, biodiversidade e comunidades, desde que avance com regras sólidas de integridade ambiental e financeira.
g1 – Leia a Matéria
Aprovado em Belém, o pacote final reforça metas do Acordo de Paris, amplia recursos para adaptação e cria indicadores globais (GGA), mas evita mencionar combustíveis fósseis e gera queixas de países vulneráveis. O resultado orienta o redesenho do financiamento climático e influenciará a ambição de mercados de carbono nos próximos ciclos.
g1 – Leia a Matéria
Mais de 30 países pressionam a Presidência da COP30 para manter no texto final um mapa do caminho para abandonar os fósseis. A carta explicita que, sem esse plano, não haverá apoio político. O impasse expõe a disputa sobre a transição justa e sinaliza aos mercados a urgência de realocar capital para uma economia de baixas emissões.
g1 – Leia a Declaração
O boletim mostra como o mapa do caminho para abandonar combustíveis fósseis virou eixo político da COP30, enquanto a transição justa ganha contornos mais concretos e o financiamento para florestas perde fôlego. As decisões em Belém testam a força do Acordo de Paris e o grau de proteção oferecido a povos indígenas e comunidades.
Carbon Pulse – Leia a Matéria
A Sylvera lançou na COP30 uma plataforma de biomassa que promete reduzir incertezas na medição de carbono florestal, reforçando a integridade de créditos em mercados voluntários e regulados. A ferramenta combina dados de campo e satélite, apoia iniciativas como REDD+ no Acre e pode destravar investimento em conservação e comunidades locais.
Carbon Pulse – Leia a Matéria
Na COP30, 11 governos passaram a endossar princípios comuns para orientar o uso responsável de créditos de carbono, fortalecendo a coalizão por “alta integridade” no mercado. A iniciativa busca alinhar o uso de créditos às metas globais de clima, oferecendo mais segurança para países e empresas que dependem desses instrumentos para reduzir e remover emissões.
COP30 – Leia a Matéria
O lançamento do Hub de Plataformas de Países e de 14 novas plataformas nacionais e regionais fortalece a liderança de países em desenvolvimento na mobilização de financiamento climático. Ao conectar prioridades nacionais a assistência técnica e capital, a iniciativa acelera a implementação das NDCs e cria ambiente mais favorável a projetos que beneficiem comunidades e natureza.
COP30 Brasil – Leia a Matéria
A Coalizão Aberta de Mercados Regulados de Carbono, liderada pelo Brasil, já reúne 18 países para conectar sistemas de comércio de emissões, harmonizar regras de precificação e fortalecer MRV. Ao buscar integridade ambiental, liquidez e transparência, a iniciativa apoia a descarbonização com foco em transição justa e impacto climático efetivo.
VEJA – Leia a Matéria
A COP30 avançou na integração das convenções de clima, biodiversidade e desertificação e na proposta de triplicar o financiamento para adaptação. A agenda de cooperação não mercantil do Artigo 6.8 ganhou forma, enquanto o mercado de carbono do Artigo 6.4 segue em disputa. O roteiro Baku-Belém busca destravar recursos para proteger florestas e comunidades vulneráveis.
Reset – Leia a Entrevista (em inglês)
Facility Tropical Forests Forever busca chegar a US$ 10 bilhões em aportes soberanos para atrair capital privado e remunerar, a partir de 2028, países tropicais que reduzirem o desmatamento e conservarem florestas. O mecanismo complementa mercados de carbono e pode gerar fluxos estáveis para clima, biodiversidade e comunidades. Ainda há dúvidas sobre governança, dupla contagem e articulação com projetos REDD+.
Folha de São Paulo – Leia a Matéria
Noruega, Reino Unido e União Europeia apoiam o rouadmap; Simon Stiell aponta que o documento traz consigo conhecimento técnico de múltiplos setores.
Reset – Leia a Matéria
Negociações entram na reta final sem acordo sobre novos itens de agenda, financiamento climático e maior ambição das NDCs. Países discutem indicadores globais de adaptação, programa de transição justa e criação do Mecanismo de Ação de Belém, enquanto cresce a pressão por um caminho para a saída dos combustíveis fósseis.
O Globo – Leia a Matéria
Roteiro de implementação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões detalha governança, limites de emissão, integração de CRVEs e leilões, abrindo caminho para precificar grandes fontes emissoras. Regulação robusta é tratada como condição para integridade ambiental e para canalizar investimentos em clima, biodiversidade e comunidades.
COP30 – Leia a Matéria
A Árvore de Compromissos Sumaúma propõe um roteiro da COP30 à COP31 para mobilizar ações climáticas concretas baseadas em direitos humanos, estimulando esforços coletivos dos Estados para cumprir suas obrigações e proteger pessoas e natureza frente à mudança do clima. Todos os compromissos serão tornados públicos em evento de alto nível na COP31.
COP30 Brasil – Leia a Matéria
A carta, construída por mais de 130 organizações com apoio do governo e da ONU, define compromissos para anunciantes, plataformas e empresas de publicidade digital contra desinformação climática e greenwashing. Ao exigir mais transparência, moderação e letramento climático, reforça a confiança pública e a base de decisão para políticas e investimentos, inclusive em mercados de carbono.
Organizadores da Iniciativa – Leia a Matéria
A iniciativa conecta governos, empresas e sociedade civil para integrar empregos e qualificação às estratégias econômicas e climáticas, apoiando a transição para uma economia resiliente e de baixo carbono. O relatório aponta potencial de 375 milhões de novos empregos e 280 milhões em adaptação, com Brasil e outros sete países já engajados até 2028.
Valor Econômico – Leia a Matéria
Na COP30, a Coalizão Aberta de Mercados Regulados de Carbono, liderada pelo Brasil, busca alinhar sistemas de MRV entre grandes economias e dar mais integridade aos mercados para cumprir o Acordo de Paris. A Taxonomia Sustentável Brasileira define 11 objetivos ambientais e sociais, trazendo transparência às finanças sustentáveis e orientando capital para atividades de baixo carbono que preservam florestas e reduzem desigualdades.
Ministério Público Federal – Leia a Matéria
O MPF discute, na COP30, como estruturar salvaguardas jurídicas em contratos de créditos de carbono, regulados e voluntários, para assegurar aplicação do direito brasileiro, proteção de direitos humanos e de comunidades tradicionais. O debate com a Conferência da Haia reforça a necessidade de segurança jurídica e coerência entre NDCs, soberania nacional e integridade ambiental.
Ministério da Fazenda – Leia a Matéria
A SEMC apresenta, na COP30, a Coalizão Internacional Aberta de Mercados Regulados de Carbono, já apoiada por 11 países e regiões, incluindo China e União Europeia. A iniciativa busca cooperação em MRV, contabilidade e compensações, enquanto o Brasil regulamenta o SBCE pela Lei 15.042/2024. A articulação pode fortalecer a integridade dos mercados, ampliar financiamento climático e beneficiar projetos que protegem clima, biodiversidade e comunidades.
Na Green Zone da COP30, o painel “Mecanismos de Financiamento Climático: REDD+ e Soluções Inovadoras para a Amazônia” reuniu representantes de governos, instituições ambientais e setor privado para debater caminhos viáveis de financiamento climático na região. Maria Alice Alexandre, Diretora Executiva da Permian Brasil, contribuiu destacando experiências da Permian Global em parceria com comunidades locais no Brasil, Indonésia e Malásia, apresentadas como modelos íntegros, robustos e altamente recomendados para áreas protegidas da Amazônia, capazes de fortalecer a proteção territorial, impulsionar o desenvolvimento sustentável regional e apoiar governos na construção de soluções de longo prazo para conservação florestal e economia de baixo carbono. A sessão, mediada pela secretária Fabrícia Arruda, também contou com a participação de Jacksilande Araújo de Lima (IMC) e Marli Santos (Semarh/TO).”
Capital Reset – Leia a Matéria
Ecora, certificadora brasileira de carbono, é lançada em Belém por BNDES, Bradesco e Fundo Ecogreen. A iniciativa tende a elevar integridade e eficiência do mercado ao alinhar verificação aos biomas nacionais, reduzir custos e acelerar novos projetos. Reforça oportunidades para Soluções Baseadas na Natureza e para que comunidades amazônicas ampliem renda com conservação.
COP30 Brasil – Leia a Matéria
O Mutirão entra em implementação com 185 cidades e 72 países no Compromisso Global pelo Resfriamento. O PNUMA projeta reduzir 64% das emissões do resfriamento até 2050, proteger 3 bilhões de pessoas e poupar US$ 43 trilhões. Ações urbanas integradas fortalecem adaptação e justiça climática, criando condições para instrumentos de mercado com foco social.
UN Climate Change – Leia o Relatório
Foi lançado na COP30 o Anuário da Ação Climática Global, registrando progressos e lacunas com dados do portal NAZCA. Ele destaca que cidades, empresas e sociedade civil são motores da implementação do GST e propõe indicadores para medir resultados em seis eixos. Cresceu o engajamento no NAZCA (18 mil para 43 mil atores) e CCIs (149 para 243). Avanços: renováveis dobram e finança florestal quadruplica. Lacunas: desmatamento piora, emissões de edifícios sobem e investimento em redes é insuficiente. Sinais para alinhar NDCs e mercados de carbono a entregas reais.
COP30 – Leia a Matéria
Com sede inicial em Belém e liderança do TIDE/Oxford com INPA e CAF, o Studio posiciona a Amazônia como polo de inovação biomimética. Fomenta pesquisa, engajamento político e repartição de benefícios, lança ideathon (14/11) e apresenta o Atlas de Energia das Inovações da Natureza (IA). Cria condições para bioeconomia e projetos de natureza com integridade no mercado de carbono.
COP30 Brasil – Leia a Matéria
Iniciativa global lançada na COP30 para capacitar países do Sul Global a projetar e implementar soluções climáticas com IA de baixo consumo. Oferece formação para gestores e técnicos, laboratórios práticos e repositório digital. Fortalece capacidades locais, dados e decisões, acelerando mitigação e adaptação com benefícios diretos para comunidades.
COP30 Brasil – Leia a Matéria
No 1º dia da conferência, ministros e parceiros debateram a Declaração de Belém, endossada por 44 países, que prioriza adaptação centrada nas pessoas e proteção social. O texto propõe financiar resiliência, empregos e meios de vida para agricultores familiares, povos da floresta e comunidades tradicionais, com revisão em 2030. Reforça justiça climática e cooperação para que o financiamento chegue aos territórios.
Um Só Planeta – Leia a Matéria
A conferência abriu em Belém com uma Agenda de Ações ampliada: são 111 itens prioritários até 21/11. O foco é acelerar decisões que alcancem a vida das pessoas. A definição dessa pauta orienta avanços em adaptação, mitigação e financiamento, com potencial de reduzir vulnerabilidades sociais e pressionar por resultados concretos que reforcem clima, biodiversidade e comunidades, pano de fundo para um mercado de carbono mais efetivo.
Um Só Planeta – Leia a Matéria
Brasil e Reino Unido lançam Acelerador de Ação sobre Superpoluentes para apoiar 30 países até 2030 na redução de metano e HFCs, com aporte inicial de US$ 25 mi e meta de mobilizar US$ 150 mi. Prevê Unidades Nacionais inspiradas no Protocolo de Montreal. A iniciativa pode gerar cortes rápidos de aquecimento, ganhos à qualidade do ar, saúde e agricultura, fortalecendo a resiliência comunitária.
((o))eco – Leia o Manifesto
Mais de 150 entidades enviam à ONU manifesto cobrando ação concreta dos líderes na COP30. O texto afirma que a crise climática e ambiental exige decisões baseadas em ciência e ética, critica a dependência de fósseis e ressalta que o solo não é apenas commodity. Urge por medidas que protejam a vida, a biodiversidade e as comunidades, com foco em resultados efetivos.
COP30 Brasil – Leia a Declaração
Às vésperas da COP30, André Corrêa do Lago encerra a série de cartas com um chamado à ação. Propõe transformar as negociações em um laboratório de soluções, com Belém como ponto de virada “onde o rio encontra o oceano”. Reforça multilateralismo, conexão da agenda climática à vida real e às economias, e aceleração da implementação do Acordo de Paris, convocando união e coragem coletivas.
COP30 Brasil – Matéria Completa
Carta conclama acelerar o Acordo de Paris na COP30 (30ª Conferência das Partes da Convenção do Clima da ONU), com foco em cooperação e financiamento para manter 1,5°C. Com NDCs (Contribuições Nacionalmente Determinadas), NAPs (Planos Nacionais de Adaptação), BTRs (Relatórios Bienais de Transparência) e ETF (Estrutura Aprimorada de Transparência) em operação, a Agenda de Ação mira energia, florestas e finanças. Amazônia central e TFFF (Fundo Florestas Tropicais para Sempre) como vetores.
Ministério das Relações Exteriores – Matéria Completa
Adotada na Cúpula do Clima de Belém, a declaração reconhece a relevância dos mercados regulados e da precificação de carbono para impulsionar a descarbonização e apoiar metas climáticas. Prevê cooperação em MRV, contabilidade de carbono e uso de créditos de alta integridade. Endossada por Brasil, China, UE, Reino Unido, Canadá, Chile, Alemanha, México, Armênia, Zâmbia, França e Ruanda; adesões seguem abertas.
Portal G1 – Matéria Completa
Na COP 30, o Brasil lançou a “Coalizão Aberta de Mercados Regulados de Carbono”, com adesão de UE, China, Reino Unido e outros. O grupo apoia a interoperabilidade entre sistemas nacionais, cooperação em precificação, MRV e contabilidade, com integridade ambiental e transição justa. A iniciativa pode acelerar a descarbonização e fortalecer o arcabouço do mercado regulado, com benefícios para países em desenvolvimento.
EXAME – Matéria Completa
Às vésperas da COP30, o Ministério da Fazenda cria secretaria dedicada e nomeia Cristina Reis para acelerar a regulamentação do SBCE. A medida fortalece governança, dá previsibilidade à precificação e pode pôr o mercado regulado em operação até 2028. Com o voluntário em maturação, tende a atrair investimento, ampliar impacto climático e gerar benefícios a projetos de conservação e às comunidades.
COP30 Brasil – Ler a Declaração
Quarenta e quatro países apoiam medidas para integrar ação climática e combate à fome e à pobreza, com proteção social adaptada ao clima, produção alimentar resiliente e fortalecimento de pequenos produtores e comunidades. O texto convoca financiamento inclusivo e transição justa, reforçando um ambiente propício para soluções de natureza e para instrumentos de mercado que ampliem benefícios locais.
COP30 Brasil – Ler o Compromisso
O Compromisso Belém 4X já reúne o endosso de 19 países. A meta é aumentar, em pelo menos quatro vezes até 2035, o uso de combustíveis sustentáveis. A iniciativa propõe oferecer apoio político e promover cooperação internacional para ampliar a adoção dessas alternativas, conectando ambição climática a medidas efetivas de implementação.
COP30 Brasil – Matéria Completa
Documento estabelece base comum para integrar igualdade racial às políticas climáticas, reconhecendo impactos desproporcionais sobre populações negras e tradicionais. Defende cooperação, financiamento e salvaguardas para evitar danos e ampliar acesso a benefícios, com participação social e justiça na alocação de recursos. Com endossos multirregionais, orienta o desenho de mercados e projetos com integridade e inclusão.
Amazônia Vox – Matéria Completa
Cem nações, responsáveis por ~73% das emissões, apresentaram NDCs na COP30. Ainda assim, o mundo segue rumo a ~2,5°C. O Mapa do Caminho Baku-Belém mira US$ 1,3 tri/ano em financiamento climático. A ausência de novas NDCs reduz ambição e pode travar avanços, com impactos diretos na Amazônia e em comunidades mais expostas.
Amazônia Vox – Matéria Completa
Líderes colocam fim aos fósseis, financiamento e florestas no centro. O TFFF nasce com >US$ 5,5 bi para remunerar quem evita desmate, enquanto o roteiro Baku-Belém mira US$ 1,3 tri até 2035. A Declaração de Belém integra justiça racial à ação climática. Para o mercado de carbono, o sinal é ampliar recursos e integridade para SBN e adaptação, com NDCs alinhadas a 1,5°C.
COP30 Brasil – Matéria Completa
Mais de 40 países e organismos como FAO, PNUMA e OIMT apoiam o Manejo Integrado do Fogo como prioridade para clima e biodiversidade. O apelo substitui a resposta reativa por prevenção baseada em ciência, fortalece liderança indígena, alerta precoce e transferência tecnológica, e vincula resiliência a financiamento sustentável (como o TFFF), alinhando instrumentos de mercado à proteção de ecossistemas e comunidades.
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