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by David Stone (Head de Comunicação da Permian Global)

13/09/2023

O “senso comum” no mercado voluntário de carbono é que os créditos de carbono ‘vintage’ valem menos do que os mais novos.  A prova disto pode ser vista nos preços mais baixos pagos pelos créditos mais antigos. No entanto, longe de se desvalorizarem como automóveis de segunda mão ou bens perecíveis, os créditos mais antigos de projetos de conservação florestal de alta qualidade podem demonstrar maiores impactos climáticos, na biodiversidade e nas comunidades locais, por serem provenientes de projetos mais estabelecidos e de maior duração. 

A Permian Global, desenvolvedora de projetos de conservação florestal que gera seus próprios créditos de carbono de alta qualidade, vê o valor mais baixo concedido aos créditos mais antigos como uma deturpação da ciência bioclimática que sustenta os créditos de soluções baseadas na natureza (SNB). Durante o paper Desmistificando créditos de carbono antigos baseados na natureza, o Dr. Leonardo Sáenz, Gerente Técnico da Permian Global, analisa as suposições que o mercado possui em que créditos mais antigos possuem valor menor, contra-argumentando a tese, já que os créditos de carbono ‘vintage’ tiveram, de fato, mais tempo para evitar uma maior quantidade de calor que ocorreria como resultado da presença de CO2 na atmosfera. 

O ‘vintage de um crédito de carbono representa o ano em que as emissões foram evitadas ou removidas pelo projeto e o crédito foi posteriormente verificado. Muitas vezes, os compradores de créditos de carbono selecionam safras que se alinham com o ano para o qual estão reportando suas emissões. A lógica aqui é que, se uma empresa reportar a sua ação climática para 2023, ela irá preferir a safra de 2023 para as emissões que deve compensar. Existe também um sentimento do mercado de que os créditos mais recentes representam uma qualidade superior e que o valor de um crédito se deprecia ao longo do tempo (atualmente descrito como “decadência vintage”). A Permian Global argumenta que a primeira suposição é arbitrária, e a última demonstra uma fraca apreciação da ciência por trás dos créditos de carbono das SBN. 

“Os créditos de carbono maduros derivados de projetos de alta qualidade podem ser comparados a vinhos finos que demoraram para envelhecer – esses créditos podem provar de forma convincente a integridade e permanência do projeto”, afirma Dr. Leonardo Sáenz. 

Leia o relatório completo sobre os créditos de carbono vintage (em inglês). 

 

Principais conclusões: 

  • A expectativa do mercado de um preço mais baixo para os créditos de carbono ‘vintage’ das SBN é contrária à melhoria dos benefícios climáticos, de biodiversidade e sociais que os projetos mais antigos e mais estabelecidos de alta qualidade proporcionam. 
  • Longe de serem de qualidade inferior, os créditos de carbono ‘vintage’ tiveram mais tempo para evitar uma proporção maior de calor que teria ocorrido como resultado da persistência do CO2 na atmosfera. 
  • Projetos de soluções baseadas na natureza de alta qualidade exigem investimento inicial significativo antes da geração de crédito e a valorização de créditos mais antigos penaliza menos os desenvolvedores que agiram antecipadamente para evitar o desmatamento. 
  • Os créditos de carbono vintage de projetos que já estão em operação por um longo período representam benefícios mais estabelecidos e incorporados para as comunidades e a biodiversidade, e podem comprovar melhor a permanência das atividades realizadas e o desempenho do projeto. 

 

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