Especialista da Permian Brasil tem artigo sobre compensações ambientais publicado pela IAPA

Grandes projetos de desenvolvimento precisam levar em conta os impactos ambientais que serão sentidos nas regiões de implementação e arredores. Em um estudo recente com a participação do nosso especialista em GIS, Pedro Campos, foi possível medir os impactos ecológicos nas populações de mamíferos que vivem próximo a uma mina na Mata Atlântica e entender as relações diretas com as compensações ambientais.

Publicado pela reconhecida IAPA, Associação Internacional de Avaliação de Impacto, o artigo conseguiu identificar que as compensações ambientais de biodiversidade aumentam a conectividade ecológica e são usadas como um habitat alternativo para os animais, desde que sejam posicionadas em locais estratégicos.

Pesquisas como essa ajudam projetos, sejam eles de carbono florestal ou de compensação de biodiversidade, a antecipar seus impactos e resultados ao longo dos anos, além de definir padrões importantes para o mercado.

Com os dados coletados, os pesquisadores enfatizaram que a compensação de biodiversidade deve considerar sempre o  monitoramento para quantificação das espécies, a apresentação de áreas alternativas para proteção e a condução de análises rigorosas para evitar impactos.

Confira o artigo completo sobre compensações ambientais da Associação Internacional de Avaliação de Impacto. 

Como melhorar a conexão ecológica, através das compensações ambientais, para reduzir os impactos nos habitats de grandes mamíferos em ambientes de floresta tropical?  

A perda e a fragmentação do habitat são impactos ecológicos de projetos de desenvolvimento conhecidos por terem efeitos graves nas populações de mamíferos. Aqui, estudamos o papel da avaliação de conectividade na Avaliação de Impacto Ambiental, com foco em sua contribuição para determinar a mitigação apropriada, em particular, as compensações ambientais da biodiversidade.

Para tanto, analisamos a dispersão de grandes mamíferos em uma região potencialmente influenciada por uma mina localizada na Mata Atlântica no Brasil e antecipamos os resultados de longo prazo das compensações ambientais de restauração modelando um cenário pós-compensação de 30 anos.

Os resultados mostram que: (i) as compensações aumentam a conectividade ecológica e são usadas como um habitat alternativo para os animais dispersos devido à perda e fragmentação do habitat; (ii) a localização das áreas de restauração deve ser cuidadosamente planejada para maximizar sua contribuição para aumentar a conectividade ecológica e melhorar a qualidade do habitat.

O caso analisado sugere que as melhores práticas para incorporar a análise de conectividade na avaliação de impacto ambiental incluem: (i) monitorar a biodiversidade para quantificar perdas e ganhos; (ii) modelar alternativas de áreas compensadas para proteção e restauração; e (iii) conduzir análises rigorosas de alternativas de projeto, visando evitar impactos.

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